Deixo um poema já antigo e publicado num dos meus livros, mas que continua válido como uma declaração de princípios. Façam o favor de se servir e…bom proveito.
Hei-de comer a alegria às dentadas.
De manhã saboreá-la-ei
lentamente
degustando
e o seu gosto inebriante
desfar-se-á na boca e espalhar-se-á
por todo o corpo
com o gosto das cores das penas de um pavão.
Cintilante.
Dar-lhe-ei dentadas
até a fazer rir às gargalhadas
com cócegas
e finalmente toda minha
e de todos
repô-la-ei, inteira
e esfusiante.
PAULINO, Conceição.1993. As Tarefas Transparentes. Lisboa: Sol XXI: 18
Bem, o Glob-PT tá cheio de artistas 😉
“Hei-de comer a alegria às dentadas.” eheh 😀